TNA Bound for Glory 2006 - Análise

A TNA fez no passado domingo o ppv mais importante da sua história. Estamos a falar do evento que muitos chamam a “Wrestlemania” da TNA. Um card que tentou ir buscar os wrestlers mais importantes da TNA, a alteração do local da realização do evento para um sítio que levasse mais pessoas e uma boa promoção do evento por parte da TNA fez com que este Bound for Glory se distinguisse dos demais ppvs da federação de Dixie Carter. Mas será que este evento conseguiu ter uma qualidade à que foi prometida?

O evento começou com um vídeo a promover o ppv onde é dito que esta é a noite mais importante da história da TNA. Este vídeo foi a prova de como a TNA estava a apostar forte no seu maior evento anual.
O primeiro combate deste ppv foi um Gauntlet de wrestlers da X-Division. Os partcipantes neste Gauntlet foram Austin Starr (também conhecido por Austin Aries), Sonjay Dutt, Matt Bentley, Frankie Kazarian, Sirelda (sim, leram bem, Sirelda participou mesmo neste combate!), A-1, Zach Gowan, Shark Boy, Short Sleeve Sampson, Elix Skipper, Norman Smiley, Slick Johnson, Petey Williams, Johnny Devine e Alex Shelley. O combate deu num bom “opener” cheio de acção. Este é daqueles combates que me faz pensar como alguns wrestlers podem ser tão mal aproveitados. Starr venceu este combate. Penso que isto pode ser o inicio de um push a Starr. Será que terá possibilidades de chegar ao título da X-Division? Eu espero que sim mas não sei se são esses os planos da TNA...
O combate que veio a seguir neste evento foi um combate de “4 way” de tag teams. A Team 3D venceu as equipas America's Most Wanted, The Naturals e The James Gang. Desde que os Dudley Boyz, perdão, Team 3D chegou à TNA (já há mais de um ano) pensei que eles chegariam rapidamente aos títulos de tag team da NWA. Até agora, isso não aconteceu mas penso que num futuro breve teremos Brother D-Von e Brother Ray a campeões de tag team da NWA. O combate foi até agradável mas nada do outro mundo.
Pelo segundo ano consecutivo, o combate Monsters Ball foi realizado no Bound for Glory. Muita gente não gosta do conceito do Monsters Ball e acha-o, até, ridiculo. Eu acho-o engraçado e é um tipo de combate onde podem sair bons momentos de hardcore e de high-flying. Neste ano tivemos Samoa Joe, Brother Runt, Raven e Abyss a lutarem neste tipo de combate e o Jake “The Snake” Roberts fez de arbito. Gostei, mas acho que wrestlers como Samoa Joe deviam ser aproveitados para combates de maior importância no card. Joe venceu após Jake Roberts ter atacado Raven. Será isto o inicio de uma rivalidade entre uma lenda do wrestling com uma lenda da velha ECW? Acho que poderia ser engraçado...
O combate seguinte, para mim, foir o pior da noite. Eric Young venceu Larry Zbyszko e este foi despedido. Lazrry vai gravar um filme e, provavelmente, não poderá aparecer na TNA. De qualquer das formas, penso que ele vai regressar.
Seguidamente, houve uma “8 mile street fight” entre dois ex-amigos Christian Cage e Rhino. Esta rivalidade conta com dois wrestlers muito mal aproveitados na WWE que seguiram para a TNA para conseguirem chegar ao título da NWA. Ambos já chegaram lá e agora andam a ter uma rivalidade entre eles. A rivalidade não me disse nada nem em promos nem em combates, mas, talvez, atraia publico. O combate em si foi razoável. Estou curioso para ver se a TNA irá voltar a dar mais títulos a estes dois wrestlers ou se os irá pô-los a “jobbar” para novas contratações...
O título da X-Division esteve em jogo neste evento. Senshi perdeu o seu título para Chris Sabin. O combate foi bom e trouxe um campeão que tem provas dadas nesta divisão. Espero um bom reinado de Sabin e o regresso da importância e qualidade da X-Division de outrora.
No combate que se seguiu, Homicide e Hernandez (os LAX) venceram Daniels e Styles e ganharam os títulos de tag team da NWA. Gostei do combate e penso que foi digno de um evento como o Bound for Glory. Espero que os LAX feudem com a Team 3D e que Styles e Daniels ganhem o seu lugar na secção Heavyweight da TNA que é onde eles merecem estar.
Por fim tivemos o combate “épico” entre Jeff Jarret e Sting pelo título da NWA. Digo desde já que este main event nunca me fascinou, apesar de ter uma feud muito mais bem construída do que o combate que era para haver no Bound for Glory do ano passado. Sting é uma verdadeiro lenda com um grande carisma. Jeff Jarret é um egocêntrico que utiliza a sua influência na TNA para conquistar títulos da NWA e para estar presente nos main events dois maiores ppvs da TNA. Kurt Angle ter estado a “Special Enforcer” deu uma grande ajuda ao combate. Kurt foi a contração mais bombástica de sempre da TNA e teve que estar presente neste imporante evento. Só o facto de ele ter estado lá fez com que o combate fosse animado pois interviu bastantes vezes e Jarret “picou” Angle ao aplicar o Ankle Lock em Sting.
O lendário Sting venceu, merecidamete, este combate e torna-se o campeão mundial da NWA. Tanto Sting como Jarret não estão na sua melhor forma mas conseguiram animar o combate. O Main Event esteve longe de ser o ideal para o ppv mais importante da TNA. Para mim, um Angle vs. Joe, Angle vs. Sting ou Sting vs Joe com uma boa promoção poderia fazer um main event perfeito para um evento destes.

Apreciação final:
Este Bound fot Glory foi um ppv de boa qualidade, mas para mim não foi mítico. A TNA mostra que está a elevar o seu produto em termos de fama e vendas, apesar da qualidade dos combates também já ter sido superior (especialmente nos iMPACTs). Talvez daqui a uns anos tenhamos uma luta entra a TNA e a WWE pelas audiências. Na minha opinião, este Bound for Glory foi um dos primeiros passos para o inicio da elevação da TNA. Veremos o que nos reserva o futuro...